O Bahia e a Fonte Nova
- gabrielprojetos10
- 21 de jan.
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A história do Esporte Clube Bahia na Arena Fonte Nova é repleta de momentos marcantes que refletem a paixão e a tradição do futebol baiano. Inaugurada em 1951, a Fonte Nova tornou-se rapidamente o palco principal das conquistas e desafios do Tricolor de Aço. Entre os jogos memoráveis, destaca-se a vitória sobre o Internacional por 2 a 1 na final do Campeonato Brasileiro de 1988, garantindo ao Bahia seu segundo título nacional. Outro momento icônico foi o triunfo por 3 a 1 sobre o Sport Recife na final da Copa do Nordeste de 2001, consolidando a supremacia regional do clube. Além das conquistas, a Fonte Nova também foi cenário de clássicos emocionantes, como os confrontos contra o Vitória, conhecidos como Ba-Vi, que mobilizam multidões e são considerados os maiores clássicos do Norte-Nordeste. Em 2007, uma tragédia marcou a história do estádio com o desabamento de uma parte de sua estrutura, resultando em vítimas fatais e feridos. Esse incidente levou à demolição do antigo estádio e à construção da moderna Arena Fonte Nova, inaugurada em 2013, que sediou jogos da Copa do Mundo de 2014 e devolveu ao Bahia sua casa, onde continua escrevendo capítulos importantes de sua trajetória.



Em 5 de abril de 1981, o Esporte Clube Bahia protagonizou uma das partidas mais memoráveis de sua história ao enfrentar o Santa Cruz no estádio da Fonte Nova, em Salvador, durante a Taça de Prata, nomenclatura então utilizada para o Campeonato Brasileiro. No confronto de ida, realizado no Estádio do Arruda, em Recife, o Bahia havia sofrido uma expressiva derrota por 4 a 0, com gols de Baiano, Isidoro, Dadá Maravilha e Joãozinho. Diante desse resultado adverso, a missão do Tricolor Baiano parecia quase impossível: reverter o placar com uma vitória por cinco gols de diferença para assegurar a classificação. A descrença era generalizada, a ponto de o carismático atacante do Santa Cruz, Dadá Maravilha, afirmar que seria mais fácil um torcedor do Bahia ganhar na quina da loteria do que o Santa Cruz perder por cinco gols de diferença. Essa declaração refletia o ceticismo em torno da façanha que o Bahia precisava realizar.
No dia do jogo decisivo, a presença de público na Fonte Nova era modesta, com pouco mais de 10 mil torcedores, número abaixo do habitual para partidas de tamanha importância. No entanto, desde o apito inicial, o Bahia demonstrou uma postura agressiva e determinada. Aos 4 minutos do primeiro tempo, Gilson Gênio abriu o placar, inflamando os ânimos dos presentes. Aos 13 minutos, o mesmo Gilson ampliou, marcando o segundo gol. A pressão continuava intensa, e aos 43 minutos, Dirceu Catimba fez o terceiro gol, encerrando o primeiro tempo com um promissor 3 a 0. A notícia da performance avassaladora rapidamente se espalhou pela cidade, levando muitos torcedores a se dirigirem ao estádio para apoiar o time na busca pelo resultado histórico.
No segundo tempo, o Santa Cruz adotou uma postura mais defensiva, tentando conter o ímpeto do Bahia. Contudo, aos 22 minutos, Gilson Gênio, em uma jogada brilhante pela esquerda, encontrou Toninho Taino, que não desperdiçou e marcou o quarto gol. A essa altura, a Fonte Nova já contava com cerca de 30 mil torcedores, todos ansiosos pelo gol que selaria a classificação. O tempo passava, e a tensão aumentava, até que, aos 40 minutos, após um lançamento de Zé Augusto, Léo Oliveira chutou, o goleiro Wendell defendeu parcialmente, e Toninho Taino aproveitou o rebote para marcar o quinto gol, concretizando o improvável placar de 5 a 0. A torcida explodiu em celebração, reconhecendo a grandiosidade do feito alcançado pelo Esquadrão de Aço.
Essa partida não apenas garantiu a classificação do Bahia na competição, mas também entrou para os anais do futebol brasileiro como um exemplo de superação e determinação. A goleada sobre o Santa Cruz permanece viva na memória dos torcedores e é frequentemente relembrada como um dos momentos mais emocionantes da rica história do clube. Para aqueles que desejam reviver os melhores momentos desse confronto épico, há registros disponíveis que capturam a essência e a emoção desse dia inesquecível.

Em 12 de fevereiro de 1989, o Estádio da Fonte Nova, em Salvador, foi palco de um dos momentos mais emblemáticos da história do Esporte Clube Bahia. Naquele dia, o Tricolor de Aço enfrentou o Fluminense pela partida de volta das semifinais do Campeonato Brasileiro de 1988. O confronto atraiu uma multidão impressionante de 110.438 torcedores, estabelecendo o recorde de público do estádio e do futebol baiano.

No jogo de ida, realizado no Maracanã, as equipes empataram sem gols, deixando a decisão aberta para o segundo embate. Diante de sua apaixonada torcida, o Bahia buscava a vitória para avançar à final. Logo aos 2 minutos de jogo, Washington abriu o placar para o Fluminense, silenciando momentaneamente a massa tricolor. Porém, aos 20 minutos, Bobô empatou a partida com uma cabeçada precisa, após cobrança de falta de Tarantini. No segundo tempo, aos 13 minutos, Gil virou o jogo para o Bahia, selando o placar em 2 a 1 e garantindo a classificação para a final.
A atmosfera daquele dia permanece viva na memória dos torcedores, simbolizando a força e a tradição do Bahia no cenário nacional. Para reviver os momentos emocionantes dessa partida histórica, o jogo completo está disponível no YouTube.
Mas o que essas partidas têm em comum? É simples: eu estava presente em todas elas! E você, qual dessas partidas mais marcou sua memória? Comente aqui e compartilhe sua opinião!
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